terça-feira, 31 de julho de 2012

Davi, Golias e o Evangelho

Matt Chandler fala como podemos ler a Bíblia à luz do Evangelho, usando o exemplo da história de Davi e Golias.


 *Não é sem razão.

sábado, 28 de julho de 2012

Voltando a andar de mãos dadas com o Aba no Jardim


    O homem classifica como mal, controlador, implacável o Deus que durante toda a história
demonstrou Seu amor e cuidado para com ele que, sem exceções, é mal. E porque? De qual
responsabilidade se quer fugir? Seria o medo de falhar na retribuição desse sentimento que
está acima de sua compreensão, ou talvez o temor de ao provar novamente e reconhecer o
amor do Aba, ser escravizado pela infantilização existente na criação pré-queda?

    Provar novamente o amor do Aba? Infantilização pré-queda?

    Após formar toda a terra e tudo o que nela há, Deus pôs as mãos no barro e iniciou o processo
de formação do homem, modelando-o segundo a Sua imagem e semelhança. Com tudo
terminado, chegou o momento em que Deus soprou no homem a vida, cujo encheu os seus
pulmões, deu força ao coração que logo começou a bombear sangue por todo o corpo, seu
cérebro foi acionado e o homem tomou consciência. Ao abrir os olhos se pegou face a face
com o seu Criador, e os dois se enlaçaram em amor. O primeiro sentimento da existência
humana foi o amor.

    Ao passo que os dias se passavam, caminhava Deus e Adão pelo Jardim. E seguia o Senhor
ensinando-o, porque Adão apesar de sua estatura, era como uma criança, dependia do
Pai. Adão tropeçava em uma pedra e então Deus corria, agarrava-o e susurrava em seus
ouvidos: "Não temas Adão, quando tropeçar e cair Eu estarei por perto para te levantar, e se
você se machucar rapidamente o curo". Fortes tempestades vinham e Adão assustava-se e
novamente Deus o ensinava: "Não temas Adão, dê graças pela chuva pois é ela necessária
para que você se alimente". Aperfeiçoando Seu cuidado, criou Deus uma companheira para
Adão.

    Aconteceu que em determinado momento, Satanás soltava sua lábia contra Eva e imagino
Deus observando, aflito por trás de uma árvore não podendo interferir na liberdade dada
ao homem. E então, Eva e Adão comeram do fruto - nada bendito - cujo o Criador tinha
determinado proibição. Assim o homem deixa além de morar no jardim, de ser um belo jardim
regado pelo amor do Aba, tornando-se um deserto. Agregou à sua natureza características não
dadas por seu Criador. Tornou-se inconstante (Gl 5:16-17), em nada se estabiliza, em nada se
satisfaz. Insuportável (Gl 6:8), pois tudo que produz de sí, é mal. Monótono (Ec 7:15; Jó 7:16;
Ef 4:17-19), sua vida não mais tem sentido, é coleção de dias. Traiçoeiro (Rm 7:18), não pode
confiar nem em sí mesmo, se sabota em todo o tempo. Transformou-se em toca de animais
venenosos (Gl 5:19-17). Todas essas peças empregadas em sua natureza -antes amorosatornou
o homem:
                1º: Foragido do amor do Aba, desobediente à moral Divina e tambem à lei de sua
própria consciência.
                2º Como descrito por Lucas no livro de Atos, Paulo mencionou o Altar que os Atenienses
dedicaram ao "deus desconhecido". Eles sabiam que existia um Deus acima de todos, um
Deus verdadeiramente Poderoso, mas quem era esse Deus que não se revelava a eles? O
Aba, tornou-se desconhecido ao homem.
                3º O homem, para sobreviver, passou a se alimentar dos elementos de seu deserto, de
seus próprios animais venenosos. Nunca mais se saciou. Parafraseando Djavan, "nem se o
homem bebesse toda a água do mar, preencheria o que tem de fundo".

    Então, ficamos abandonados, lançados à sorte do tempo?

    Não. Como declarado em 1 Jo 4:8-10, mesmo nós não amando-O, Deus porém nos amou. E
por causa de todo esse amor buscou uma forma perfeita e dolorosa de permitir que o homem
desfrute não apenas de Seu sentimento, mas de Sua essência amorosa. Deu Seu único Filho,
porque amou o mundo, todo o mundo, toda a sua criação rebelde. Crer no amor de Deus
manifesto no sacrifício da Cruz por Jesus Cristo é o caminho para a transformação do homem,
para sua libertação das acusações, de todo medo, de todo peso. Crer no amor de Deus
desperta em nós a saudade de Casa, do Jardim. Outrora inimigos, agora, reconciliados com o
Pai.

    Quando cremos no amor de Deus, Cristo se torna além de Emanuel, de Deus Conosco e torna-se
Deus em nós, sendo o agente de nossas ações, cujo principal marca é o amor. Se Deus
é amor, demonstrou seu amor em Cristo e Cristo habita em nós, não há nada mais do que
devemos ser senão amáveis. Porque não há outra forma de o que vive na sequidão da vida
conhecer a Deus, por isso Ele nos convoca a convidar todos ao Seu amor furioso (Lc 14:21)
para que sejam restaurados. Citando o Brennan Manning, "vão com amor, vão no amor, vão
por causa do amor".

    O que é o amor que Cristo requer de nós? A aceitação de um convite diário ao serviço humilde
ao outro. Tendo a certeza que a Noiva (pois é assim que Cristo chama Sua Igreja) que amar,
ouvirá a bela canção declarada em Cantares 2:10-13:
                                              "10bVenha então, minha querida;
                                                       venha comigo, meu amor.
                                              11 O inverno já foi, a chuva passou,
                                             12 e as flores aparecem nos campos.
                                                             É tempo de cantar;
                                            ouve-se nos campos o canto das rolinhas.
                                        13 Os figos estão começando a amadurecer,
                                    e já se pode sentir o perfume das parreiras em flor.
                                                     Venha então, meu amor.
                                                 Venha comigo, minha querida."

Voltaremos para casa, voltaremos a andar de mãos dadas com o Aba no novo jardim.

PabloM.Grillo
@pablomgrillo

sábado, 19 de maio de 2012